Nesta quarta-feira, 15, o Ministério da Agricultura confirmou que a fábrica da Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma isso aconteceu. O ministério considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem. A investigação do governo federal trata a contaminação como “sistêmica”, ou seja, ela não estaria restrita a poucos lotes ou somente a um tanque.
Ainda segundo o governo federal, todos os produtos fabricados pela Backer já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de apreensão dos serviços de fiscalização.
O jornal O Estado de S. Paulo procurou a Backer para comentar a contaminação em mais lotes de outros produtos e aguarda posicionamento da empresa.
Mortes
Nesta quinta-feira, 16, a polícia confirmou a terceira morte por suspeita de intoxicação relacionada ao consumo de cerveja da Backer. A vítima é o empresário Milton Pires, de 89 anos, dono do bar Baiúca, na região centro-sul da cidade. O estabelecimento é revendedor da marca. Pires tomou uma garrafa da cerveja Belorizontina no próprio bar junto com a mulher na terça-feira, 7.
As duas primeiras mortes foram de um morador de Belo Horizonte, nesta quarta-feira, 15; e, no dia 7, de uma vítima residente em Ubá, na Zona da Mata. Todos deram entrada na rede de saúde com quadro de insuficiência renal e problemas de ordem neurológica.
A morte de uma mulher em Pompéu, na Região Central de Minas Gerais, também foi anunciada como suspeita pela Polícia Civil, mas ainda não foi somada às outras três.