Foram apreendidos multivitamínicos injetáveis com datas vencidas, produtos de origem duvidosa e sem registro na Anvisa, produtos permitidos somente em ambiente hospitalar, entre outros…
A Polícia Civil do Paraná procura pelo homem conhecido como ‘Médico das Celebridades’. A clínica dele, em Curitiba, foi interditada em uma ação conjunta da polícia com a Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Medicina. Eduardo Gomes de Azevedo, segundo a investigação, mantinha uma clínica onde chegou até mesmo a aplicar produtos vencidos em pacientes.
De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina, o médico teve o registro cassado em 11 estados. O delegado Vilson Alves de Toledo, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa), relata que 17 autuações foram emitidas no local, por uma série de irregularidades.
“Atua ilegalmente de forma costumaz. Mesmo com seu CRM cassado, ele pratica o exercício da medicina tendo, inclusive, sido preso no estado de São Paulo utilizando produtos similares aos que apreendemos aqui”, diz o delegado.
De acordo com a polícia, foram apreendidos multivitamínicos injetáveis com datas vencidas, produtos de origem duvidosa e sem registro na Anvisa, produtos permitidos somente em ambiente hospitalar, entre outros.
O irmão de Eduardo também é procurado. A polícia afirma que os dois trabalhavam juntos. Há meses a Polícia Civil tenta encontrá-los e até agora nenhum contato foi feito, nem mesmo por parte de advogados. Por isso, o delegado estuda solicitar que a Justiça autorize a prisão deles.
“Eles encontram-se em local incerto e já expedimos cartas precatórias para ouvi-los em alguns endereços. Estamos aguardando e o não retorno positivo das oitivas nós vamos indiaciá-los indiretamente e representá-los pela prisão”, afirma Toledo. “O que se vê aqui é um zombar da polícia e da Justiça”, comenta.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Paraná destaca que a situação de Eduardo Azevedo é “caso de polícia” e que a atribuição da entidade já foi esgotada, com a cassação, ratificada em outros CRMs e no CFM. Por telefone, a reportagem tentou contato com o homem, mas não foi possível encontra-lo.
Tanto ele quanto o irmão devem responder pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e também exercício ilegal da medicina.
Paraná Portal
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