Quem conheceu o comércio de Itapetinga no ‘auge’ da Azaléia, até 2010, não o reconhece mais, dado ao paradeiro gerado pelas quase 8 mil demissões na matriz da fábrica e as cerca de 10 mil em toda a região, que praticamente dizimou o poder de compras da população.
Nos últimos anos, infelizmente, o comércio de Itapetinga sobrevive da sazonalidade, passando longos períodos em crise e reanimando apenas nas datas comemorativas, como Dia das Mães, Natal e no famoso “dia 30”, quando os aposentados e pensionistas começam a receber os benefícios.
A busca por novas indústrias de calçados é importante e necessária, mas gera uma dependência perigosa e coloca a economia do município à mercê do empresariado nômade, que ‘desarmam o circo’ do dia para a noite, transferindo suas fábricas para outras localidades ‘mais interessantes’, deixando terra arrasada, sem a menor consideração com a economia local.
Já passou da hora da sociedade local, incluindo empresários, políticos e trabalhadores, pararem a choradeira e começarem a repensar o modelo econômico do município, que está estagnado.
Benefícios econômicos não caem do céu nem são dados de “mãos beijadas”. É preciso ter bons projetos e correr atrás.
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