O abuso havia sido denunciado pela família do garoto, que trabalhava no local. Um boletim de ocorrência foi registrado na sexta-feira (03), segundo informações da Polícia Civil.
A família da vítima disse para a polícia que recebeu uma ligação do dono do lava-jato falando que tinha acontecido “uns negócios” com os adolescentes e que ele precisava ser levado urgente ao hospital. Na unidade de saúde, os familiares foram informados que o adolescente brincava no trabalho com os suspeitos quando o funcionário o segurou e o dono do lava-jato inseriu a mangueira de compressão no ânus da vítima.
“Eu quero que eles paguem pelo que fizeram. Acabaram com a vida do meu filho. Quero justiça. Só vou sossegar quando ver eles atrás das grades”, afirmou a mãe do jovem em entrevista à TV Globo.
“A pressão do ar era tão forte que fincou [a mangueira] dentro dele. Esse ar vazou, estourou o intestino grosso e saiu pela pele, pelas laterais, comprimindo os pulmões dele e trancando as válvulas respiratórias”, afirmou o pai do jovem.
Morte
A confirmação da morte foi feita pelo tio do garoto. “Ele acabou de falecer. Agora, a gente quer justiça. Não vamos parar enquanto a gente não conseguir justiça”, disse em entrevista ao site Campo Grande News.
Na segunda-feira (13), a mãe do menino já havia dito que o estado de saúde dele era gravíssimo. “Ele piorou. No domingo à noite [domingo] teve febre, vomitou bastante, está com infecção nos dois drenos e com começo de pneumonia”, lamentou a mulher de 47 anos.
Nessas duas semanas, o adolescente passou por dois procedimentos cirúrgicos após perder metade do intestino grosso em decorrência da agressão. Os dois suspeitos de terem cometido o crime contra o adolescente são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava jato, e Willian Henrique Larrea, 30 anos.
Eles já foram ouvidos na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde o caso é investigado como lesão corporal grave.
O caso foi denunciado pelo primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia que ocorreu o crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.
Nas redes sociais, corre a informação não confirmada de que o jovem era vítima de assédio moral e bullying homofóbico no trabalho, já que ele era constantemente chamado de “viado” pelos colegas que o mataram.
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