— Já tirei R$ 800 num dia só. Já paguei os juros. Espero pagar tudo com o dinheiro da Olimpíada — conta a moça.
Com a crise, o mercado na prostituição é de dificuldades. O faturamento nas casas de luxo caiu até 40% no último ano. Nas zonas mais populares, a queda chegou a 50%. A esperança é a Olimpíada. E, para isso, as casas de saliência estão reforçando seus times.
— Passamos de 50 para 80 meninas por causa dos Jogos. E todo dia aparecem cinco ou seis aqui querendo trabalhar — conta o gerente de uma casa na Barra da Tijuca.
O otimismo é grande na Vila Mimosa e no Centro. Pessoas ligadas ao setor, no entanto, afirmam que é na Barra — onde estão a Vila e o Parque olímpicos — que os dólares e euros irão jorrar. Já há relatos de atletas vistos nas casas. Além disso, pequenos prostíbulos foram abertos para festas particulares.
— Esses espaços não vão ter mercado depois do evento. Só abriram para os Jogos — contou uma fonte que trabalha há 30 anos no ramo.
Uma stripper e garota de programa com experiência na região da Barra prevê o fim das vacas magras. Enquanto ela dança, os estrangeiros enchem sua calcinha de dinheiro — hábito que não é difundido entre os clientes brasileiros.
Prostituir-se não é crime. Ter lucro sobre a prostituição de outra pessoa, porém, é, explica o advogado Luiz Felipe Diaz André. O pós-graduando em criminologia, que estuda o assunto, defende a regulamentação da atividade:
— A regulamentação das casas dá uma maior proteção mercadológica e contra a violência para as meninas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário