Os primeiros prestadores de serviço temporário (PSTs) começaram a ser comunicados da demissão no início desta semana. Cortes atingem principalmente a Rádio e a TV Uesb.
A Uesb iniciou a demissão de quase 150 servidores que atuam no regime de Prestação de Serviço Temporário (PST).
A demissão destes trabalhadores começou ainda no primeiro semestre de 2015 e atinge seu ápice agora com o arrocho no orçamento das Instituições de Ensino Superior imposto pelo Governo Estadual. A Uesb conta atualmente com cerca de 280 prestadores de serviço. A maioria dividida em setores como o Surte (Sistema de Rádio e Televisão Educativa) e Uinfor (Unidade Organizacional de Informática). Nestes setores, onde há uma maior concentração de PSTs, a determinação da Reitoria da Universidade é que reduza para mais da metade o número de funcionários. Nos demais, a redução será menor. Ainda assim, as demissões afetarão todos os setores de serviços da Universidade.
Uma fonte consultada pela reportagem apontou que a medida de austeridade foi forçada pelo Governo do Estado, que alterou a forma de envio da verba de manutenção das universidades baianas. Segundo esta fonte, desde o começo deste ano, todo o recurso que chega à Uesb já tem sua destinação especificada – o que impede a realocação para pagamento da maioria dos funcionários PST, como ocorria anteriormente. Ou seja, a Reitoria não tem mais como decidir quais são as principais carências da Universidade e nela investir – o que, por si só, já representa uma quebra de autonomia da Instituição.
Em contraponto, o Governo protela a realização de novos concursos para técnico e analista universitários – o último ocorreu em junho de 2010. Em consequência, os servidores PST são fundamentais para manter o funcionamento da Universidade. A fonte consultada pelo BRG garantiu que a ocupação de PSTs em alguns setores ultrapassa os 80%. Quando se considera os muitos prestadores de serviços demitidos ao longo de 2015, este dado pode ser ainda maior, apontou a fonte. Os primeiros prestadores de serviço começaram a ser comunicados da demissão no início desta semana, mas ainda terão o mês de março para trabalhar antes da quebra do vínculo. A fonte apontou que o maior questionamento entre os trabalhadores da Uesb, principalmente os que já tomaram conhecimento da demissão, é: como ficará o funcionamento da Universidade a partir de agora, com pouquíssimos funcionários efetivos e sem poder suprir as vagas com prestadores de serviços?
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