Acabou de se confirmar a morte de Francisco Aparecido de Jesus Gomes, o Chico Rey, da dupla Chico Rey e Paraná. Chico Rey tinha 63 anos, casado e tinha filhos, estava em uma viagem de férias com a família.
Segundo informações do empresário Toninho Lopes ele teve um sangramento, foi internado e não resistiu.
Há alguns anos Chico enfrentava um problema grave nos rins e vinha resistindo graças ao tratamento. Chegou a ter um rim transplantado, mas houve rejeição.
Chico Rey & Paraná, irmãos, nascidos em Ivaiporã, no interior do estado do Paraná. Começaram a cantar ainda crianças no Paraná, Chico Rey aos oito e Paraná aos seis anos de idade, acompanhando o pai que era seresteiro. Juntaram-se profissionalmente em Brasília, para onde a família se mudou em meados da década de 1970. Em 1976, começaram a se apresentar no programa “No balanço da viola”, da Rádio Alvorada de Brasília. Em 1978 participaram da novela “Feijão maravilhá”, da TV Globo. Em 1980 lançaram regionalmente seu primeiro LP.
Em 1983, ocorreu um fato decisivo em suas carreiras que foi a assinatura de contrato com a gravadora Continental. Nela gravaram um de seus maiores sucessos, o disco “Operário, vida, viola”, no qual fizeram sucesso com a música título e mais “Esperança de mãe”, de Paraná e Wigberto Tartuce, “Colchão queimado”, de Edelson Moura e Paraná, “Tua imagem”, de Expedito Dantas e Paraná e “Amor de pobre” ,de Tião Carreiro. Com mais de dez discos gravados, fizeram interpretações de músicas de diversos compositores, entre os quais, “Você não sabe amar”, de Carlos Randall e Danimar, “Só quero te dizer”, de Joel Marques, “Canarinho prisioneiro” de Romancito Gomes e “Buscar estrelas”, de Mont’Alve, Sant’Anna e Santaninha. Adeptos do gênero romântico-sertanejo, muito próximos do estilo consagrado pela Jovem Guarda, reconhecem o valor de duplas como Pedro Bento e Zé da Estrada e Tião Carreiro e Pardinho, de quem tiram ensinamentos, apesar de utilizarem instrumentos eletrônicos, especialmente a guitarra que dá um balanço característico a sua música.
Entre seus grandes sucessos estão: “Operário, vida, viola”, “Ausência”, “Quem será teu outro amor”, “Amor rebelde”, “Encontro e magia”, “Alma transparente” e “Loucura por você”.
Em 1992, participaram da novela “Deus nos acuda”, da TV Globo. Em 2001, lançaram o 12º disco, intitulado “Laçada certeira”, e que apresenta como destaque as composições “Aproveita minha gente”, de Ronaldo Adriano e Benedito Seviero, “Coisinha bela”, de Nilton Lamas, “Tá com raiva de mim”, de Xandó e a faixa que dá título ao disco, de autoria de Chico Amado e José Victor. Em 2002, a dupla lançou, pela gravadora Atração Fonográfica o CD “Chico Rey e Paraná – Acústico”, com arranjos de Marinho do Acordeom e José Antônio Almeida. Esse disco contou com as participações dos músicos Elias Almeida, na guitarra e violão, Cláudio Baeta na bateria, José Antônio Almeida nos teclados, Bosco no baixo, Marinho do Acordeom no acordeom, Cacá Malaquias no sax, Profeta no violão, Ney Marques no bandolim e violão de anylon, Robertinho Gomes no violão de naylon, , Mauro Lombardi no cello, Luiz Rabello na percussão, Vitor Lopes na gaita, e Adeildo Lopes na viola e violão de aço. Foram interpretadas nesse CD as músicas “Alma transparente”, de Antonio Victor, em faixa que contou com a participação especial do cantor Leonardo; Quem será seu outro amor”, de Edelson Moura; “Canarinho prisioneiro”, de Romancito Gomes; “Leão domado”, de Paiva e José Antônio; “Amor rebelde”, de José Barreto e Adãozito; “Tranque a porta e me beija”, de Zezé di Camargo e Fátima Leão; “Blusa vermelha”, de Ronaldo Adriano, José Russo e Mangabinha; “Encanto e magia”, de Mário Maranhão e Tivas; “Liguei pra dizer que te amo”, de J. A. Longo, Aladim e Mont’Alve; “Tá com raiva de mim”, de Xandó; “Telefone mais”, de Darci Rossi, Marciano e José Homero; “Você não sabe amar”, de Carlos Randall e Danimar; “Berrante da saudade”, de Nonô Basílio, e “Primavera de amor”, de Carlito.
Em 2004, a dupla lançou novo CD pela gravadora Atração, cujo repertório confirma sua preferência pela temática romântica, incluindo várias músicas inéditas como “Um degrau na escada”, de Zé Henrique, Sérgio Knust ,Carlos Colla e Marcelão , ex- grupo Yahoo e “Em Frente ao Portão”, além de regravações como “Dona da Verdade”, de Paulo Debettio e Waldir Luz. São destaques “Memórias”, do nordestino Leonardo, que foi gravada pela primeira vez por Fafá de Belém, ganhando, na interpretação da dupla versão clássica para o sertanejo e, ainda , “Céu da Boca” de José Fortuna.
Que Deus conforme o coração dos familiares e amigos. E mais uma vez o Sertanejo está em LUTO.
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