Um bebê foi encontrado dentro de uma caixa de sapatos na Avenida Recife, próximo ao bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife, no início da manhã desta segunda-feira (1º). De acordo com o Corpo de Bombeiros o pequeno foi abandonado em um local onde há um comércio de bebidas nas proximidades do Residencial Ignez Andreazza, no mesmo bairro.
O recém-nascido ainda estava com o cordão umbilical ligado ao corpo, soluçando e com frio, segundo a brigada. O bebê foi encaminhado à Policlínica Arnaldo Marques, no bairro do Ibura, na Zona Sul da cidade. A diretora da unidade, Erilane Fonseca, explica que, pelas características, o bebê nasceu com 37 semanas e pesa 2,3 quilos. “Ele está muito saudável para o tempo de vida dele, não há nem um arranhão. Ele ficará em observação por 48 horas. Enquanto isso acionaremos o conselho tutelar para que sejam feitos todos os procedimentos legais”, acrescenta.
O pequeno já tem até nome. “É Davi, nosso reizinho. Esses casos são sempre mais especiais para gente, mais delicados porque comovem toda a equipe”, comenta a diretora. O nome é uma referência a Davi, rei dos judeus, que governou o Reino Unido de Israel entre os anos 1.003 e 971 a.C. Segundo a Bíblia, o personagem seria ancestral de José, pai adotivo de Jesus Cristo.
O delegado Joel Venâncio, que está respondendo pela Delegacia do Ibura, informou que encaminhará uma equipe à maternidade [ainda nesta segunda] para realizar um Boletim de Ocorrência e solicitar um exame traumatológico para constatar o real estado de saúde do bebê. “Vamos apurar e instaurar um inquérito por abandono de incapaz, mas quem abandona um recém-nascido está cometendo uma tentativa de homicídio também, se for a mãe [que abandonou] é caracterizado como um infanticídio”, disse.
O delegado ainda adiantou que deverá fazer apenas os procedimentos iniciais. “O delegado Igor Leite assume a delegacia na quarta-feira (3) e deve dar continuidade a essa questão. Dependendo, o caso poderá até ser levado para o DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa], mas iremos analisar isso”, concluiu. (G1)
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