terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Bebê é encontrado dentro de caixa de sapatos em Recife

Um bebê foi encontrado dentro de uma caixa de sapatos na Avenida Recife, próximo ao bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife, no início da manhã desta segunda-feira (1º). De acordo com o Corpo de Bombeiros o pequeno foi abandonado em um local onde há um comércio de bebidas nas proximidades do Residencial Ignez Andreazza, no mesmo bairro.

O recém-nascido ainda estava com o cordão umbilical ligado ao corpo, soluçando e com frio, segundo a brigada. O bebê foi encaminhado à Policlínica Arnaldo Marques, no bairro do Ibura, na Zona Sul da cidade. A diretora da unidade, Erilane Fonseca, explica que, pelas características, o bebê nasceu com 37 semanas e pesa 2,3 quilos. “Ele está muito saudável para o tempo de vida dele, não há nem um arranhão. Ele ficará em observação por 48 horas. Enquanto isso acionaremos o conselho tutelar para que sejam feitos todos os procedimentos legais”, acrescenta.


O pequeno já tem até nome. “É Davi, nosso reizinho. Esses casos são sempre mais especiais para gente, mais delicados porque comovem toda a equipe”, comenta a diretora. O nome é uma referência a Davi, rei dos judeus, que governou o Reino Unido de Israel entre os anos 1.003 e 971 a.C. Segundo a Bíblia, o personagem seria ancestral de José, pai adotivo de Jesus Cristo.


O delegado Joel Venâncio, que está respondendo pela Delegacia do Ibura, informou que encaminhará uma equipe à maternidade [ainda nesta segunda] para realizar um Boletim de Ocorrência e solicitar um exame traumatológico para constatar o real estado de saúde do bebê. “Vamos apurar e instaurar um inquérito por abandono de incapaz, mas quem abandona um recém-nascido está cometendo uma tentativa de homicídio também, se for a mãe [que abandonou] é caracterizado como um infanticídio”, disse.


O delegado ainda adiantou que deverá fazer apenas os procedimentos iniciais. “O delegado Igor Leite assume a delegacia na quarta-feira (3) e deve dar continuidade a essa questão. Dependendo, o caso poderá até ser levado para o DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa], mas iremos analisar isso”, concluiu. (G1)

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