terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Irã guarda um dos mais antigos manuscritos da Bíblia

Quanto vale o manuscrito do livro Ato dos Apóstolos? O Vaticano já ofereceu um cheque em branco pelo exemplar que pertence à Biblioteca Central de Tabriz, localizada no Irã.


O livro foi escrito em siríaco, língua falada no século 1 d.C. que deu origem a língua árabe. O exemplar é uma verdadeira relíquia feita em pele de peixe.


Por isso a Igreja Católica está disposta a pagar o que for para ter este livro, segundo informou aos jornais locais, Manuchehr Jafari, responsável pela organização das bibliotecas públicas da província do Azerbaijão Oriental.

“Representantes do Vaticano propuseram, em diversas ocasiões, comprar o manuscrito à Biblioteca Central de Tabriz e estavam prontos para oferecer um cheque em branco”, disse.

Mas o Irã tem se recusado a vender por conta do valor material e espiritual do livro que, segundo o jornal espanhol El Mundo, chegou a servir de garantia à moeda iraniana em tempos muito antigos.

O dono do manuscrito chegou a tentar vendê-lo, isso há 80 anos, mas o governo iraniano não permitiu que o livro deixasse o país. Foi então que o manuscrito de Atos dos Apóstolos foi guardado na Biblioteca Central de Tabriz.

Apesar das centenas de anos desde sua escrita, o estado de conservação do livro é impressionante, mantendo a tinta preservada da forma como foi estampada no texto.


Especialistas asseguram que o manuscrito foi restaurado pela última vez há 800 anos, porém ninguém sabe quando ele foi redigido e nem como foi levado ao Irã.


Por muito tempo se acreditou que era um conjunto de livros sagrados, os muçulmanos acreditaram que eram livros inspirados por Deus antes do Corão, mas peritos europeus conseguiram desvendar que se tratava de uma parte do Novo Testamento.


Só não é possível dizer que temos um livro fiel ao que lemos na Bíblia, pois há poucos especialistas no mundo com conhecimento na língua siríaca que possam dizer se o livro está ou não em conformidade com o livro de Atos, que foi redigido em grego koiné, ou helênico. Com informações Público

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