Caixa de isopor, bolsa térmica ou minirrefrigerador, não importa: o verão na areia do Rio é dos preparados. A costureira Eliane de Oliveira, de 35 anos, que o diga. Para aguentar o dia na praia, são quase dez quilos de comidas e bebidas trazidos de casa, além de duas cadeiras de alumínio e um guarda-sol.
Não faltam refrigerantes, biscoitos, iogurtes e frutas. As garrafas d’água, que viraram a noite no congelador, continuam geladinhas — e dão conta do calor na areia.
Partindo do Méier para o Posto 6 da praia de Copacabana, Eliane sobe no ônibus da linha 455 (Méier-Copacabana) de olho nos dois filhos e três sobrinhos, que dividem o peso do “marmitão”. Mas o sacrifício vale a pena.
— Acho que deixo de gastar mais de R$100 trazendo os mantimentos de casa — diz a banhista, que compra a lata de refrigerante a R$ 1,80 no supermercado e vê o mesmo produto sendo vendido a R$ 5 na areia: — O ano é de crise e a gente precisa economizar onde pode.
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